elétrica

Um profissional de TI pode intervir, alterar e fazer manutenções em instalações elétricas?

A resposta é não! Mesmo tendo treinamento específico sobre eletricidade e seus riscos o funcionário ainda precisa ser autorizado formalmente pela empresa a intervir nas instalações elétricas.

instalações elétricas ti

Um profissional de TI pode interagir nas instalações elétricas?

A resposta é sim porém apenas como um usuário comum.
Podemos citar o exemplo o ato de ligar um equipamento na tomada, desligar e ligar interruptores, etc.

Pessoas Comuns que de acordo com a ABNT são chamadas de “BA1”, equivalem ao conceito de pessoa inadvertida pela NR-10, isso quer dizer, pessoas que não realizam atividades de instalação e manutenção elétrica, mas interagem com equipamentos elétricos ou realizam atividades em locais ou equipamentos com a presença de eletricidade, neste último caso, essas pessoas não podem ser expostas ao risco ou o risco deve ser controlado por medidas de segurança que garantam que pessoas leigas ou seja sem conhecimentos específicos sejam expostas a qualquer perigo. Para garantir isso a instalação elétrica deve ser executada conforme as normas, de acordo com o item 10.6.1.2 da NR10 as operações elementares como ligar e desligar circuitos elétricos, realizadas em baixa tensão, com materiais e equipamentos elétricos em perfeito estado de conservação, adequados para operação, podem ser realizadas por qualquer pessoa não advertida.
IMPORTANTE: Não abra painéis elétricos se você não tiver o treinamento correto, painéis podem ser perigosos até mesmo fechados, disjuntores desarmam por um motivo, painéis elétricos devem ser classificados quanto ao seu risco de arco elétrico e ser inspecionados por pessoal qualificado.

De acordo com a NR10, dentro desse grupo de pessoas comuns, podemos considerar também as que apesar de não realizarem atividades relacionadas às instalações elétricas, precisam entrar em locais de serviços elétricos para realizarem suas tarefas, como por exemplo salas de racks ou de UPS’s dentro de uma sala elétrica ou até mesmo uma subestação.
A empresa deve garantir que esses ambientes sejam seguros para o acesso, criar um procedimento de acesso e autorizar formalmente esse acesso aos locais de risco, deve também garantir que todos os equipamentos do sistema elétrico estejam inacessíveis com a instalação de barreiras, cadeados ou outros meios que impessam mesmo que acidentalmente o contato as partes vivas de uma instalação.

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Acertando na escolha dos cabos de alimentação da PDU aos devices

As melhores praticas na hora de conectar os cabos de alimentação do seu equipamento de TI nos PDU`s.

cordoes de forca coloridos

Em um projeto onde será trocado ou instalado um equipamento novo no data center, a ênfase geralmente é colocada no equipamento, enquanto a alimentação elétrica geralmente é negligenciada. A seleção correta dos cabos de alimentação dos equipamentos é importante não apenas para o custo da instalação mas também para evitar atrasos nas instalações.

1. Verifique todos os detalhes do equipamento em que você conectará os cabos de alimentação.

A primeira coisa é saber a tensão máxima de alimentação do equipamento e o número de fases necessários para alimentar o mesmo. Se você for conectar o equipamento em uma PDU existente, calcule a potência adicional e verifique se a PDU comporta esse acréscimo de carga. Verifique se os plugues de conexão elétrica são compatíveis com sua PDU ou tomadas. Existem diferentes padrões para plugues de equipamentos elétricos como:

CEE – Padrão Europeu.

IEC 60320 – Padrão internacional.

NEMA – Padrão América do Norte.

Usualmente os cabos de alimentação usados em equipamentos importados com corrente até 16A são os de padrão IEC, são geralmente usados ​​em um data center para alimentar switchs e servidores e até mesmo as PDUS, esse cabos de alimentação geralmente possuem os plugues C13 e C19 e devem ser ligados respectivamente em tomadas C14 e C20. 

Dica: Considere Utilizar tomadas que tenham um mecanismo de trava para evitar desconexões acidentais.

cabo iec colorido

2. Codificação por cores e identificação com etiquetas dos cabos de alimentação.

É uma boa prática utilizar cabos com cores diferentes para alimentar equipamentos que possuam mais de uma fonte e trabalhem em redundância, tente escolher cabos com cores diferentes e crie um padrão para indicar quais equipamentos recebem alimentação do lado A (UPS-1) e alimentação do lado B (UPS-2) ou a linha de alimentação principal e a linha de alimentação redundante. Identifique os cabos com etiquetas em ambas as pontas, indique de onde vem a alimentação e de qual linha, idealmente procure identificar qual painel e qual PDU está alimentando o equipamento.

Dica: Use fita isolante colorida e faça um anel na extremidade dos cabos para a identificação. Não é fácil encontrar no Brasil os cabos de força coloridos e geralmente os cabos que vem com os equipamentos são pretos, fitas isolantes coloridas são baratas e fáceis de achar.

fita isolante colorida

3. Capacidade e comprimento dos cabos de força.

Se o cabo de força não vier junto com o equipamento é necessário verificar qual o tipo de plugue e sua capacidade de conduzir corrente elétrica (Amperes), nunca utilize cabos sub dimensionados. Se for necessário alimentar a PDU, os cabos devem atender a potência total da PDU, mesmo se a mesma não trabalhar a plena carga. Procure cabos de força com o tamanho adequado, cabos muito compridos serão difíceis de organizar pois geralmente os racks não possuem guias de cabos elétricos ou se possuem o espaço é pequeno. Cabos curtos dificultam a organização e por vezes são instalados esticados o que pode danificar as tomadas do equipamento ou da PDU ao passar do tempo.

Dica: Verifique a distância do ponto onde está a tomada do equipamento até a PDU e compre o cabo com a medida ideal.

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Leitos de cabos

Os leitos de cabos são uma parte necessária da construção industrial e comercial, oferecendo soluções rápidas, econômicas e flexíveis para as instalações. As bandejas de cabos são capazes de suportar todos os tipos de fiação: Cabos de alta tensão, cabos de distribuição de energia, cabos de controle sensível, cabos ópticos entre outros.
Podemos citar como vantagem principal ao se utilizar leitos a completa ventilação dos cabos, a fácil inspeção visual graças a instalação aparente e o fácil acesso para a manutenção.

leito de cabos

Veja abaixo os principais detalhes para especificar os leitos de cabos corretos para sua instalação.

Tipos de materiais e tratamento dos leitos de cabos

Leito de cabos de aço carbono com tratamento PZ – Pré Galvanizado ou Pré Zincado

O revestimento contínuo por imersão à quente, também conhecido como pré-zincagem ou PZ, tem como princípio básico a aplicação de um revestimento fundido à base de zinco na superfície a uma chapa de aço, a chapa de aço é passada continuamente por uma banho de zinco fundido.
As empresas que fabricam os leitos de cabos compram bobinas de aço que já vem revestida por um processo de zincagem a quente das usinas. A bobina de aço sem a galvanização é desbobinada dentro de um tanque com zinco líquido e após a imersão do material nessa banho o material é rebobinado, esta maneira garantindo uma camada de proteção a bobina.
No processo de pré zincagem, as chapas de aço recebem uma camada de aproximadamente 06 a 18 microns de zinco conforme as normas ABNT, NBR 7013 e NBR 7008.

Indicações de uso:
Uso interno com baixa umidade.
Preferência em locais secos (locais confinados em forros).
Áreas cobertas, do tipo shopping centers, centros de distribuições, supermercados, atacadistas, hospitais etc.

Leito de cabos de aço carbono com tratamento GF – Galvanizado a Fogo

A galvanização a fogo (zincagem por imersão a quente) compreende a imersão do leito em um banho de zinco fundido, por um determinado tempo, antes dessa imersão é necessário realizar uma limpeza cuidadosa e preparação adequada do componente a ser tratado. O principal objetivo da galvanização a fogo é impedir o contato do material base, com o meio corrosivo.
No processo de galvanização à fogo por imersão, as peças recebem uma camada de aproximadamente 49 microns de zinco, conforme a NBR-6328.

Indicações de uso:
Uso externo com situação de intempérie (chuva e orvalho).
Locais com produtos químicos leves.
Instalações industriais pesadas: óleo e gás, mineração, metalurgicas, etc.
Em áreas costeiras, com salinidade moderada.

Leito de cabos de aço carbono com tratamento GE – Galvanizado Eletrolítico

A zincagem eletrolítica é um processo que usa a corrente elétrica, sendo chamado de eletrólise, onde o zinco é transferido de um ânodo para a peça que é carregada negativamente. Utiliza-se banho químico contendo sais de zinco e eletrodo de zinco.
O processo de Galvanização Eletrolítica, também conhecido como zinco eletrodepositado, consiste no tratamento do material de acordo com a Norma NBR 10476/88, que possui a finalidade de obter uma camada de zinco eletrolítico sobre uma peça de ferro ou de aço.
Neste processo de galvanização, as chapas de aço recebem uma camada de aproximadamente 2,5 a 8 microns de zinco.

Indicações de uso:
Locais internos, sem presença de umidade;
Áreas cobertas, normalmente confinadas em nichos fechados por forro.

Leito de cabos de Aço Inox – 304 E 316L

Os leitos de aço INOX são muito utilizados em segmentos que necessitem de limpeza contínua como industrias alimenticias ou locais com elevada agressividade do ambiente como industrias químicas.
O aço Inox possuí maior resistência à corrosão sob tensão, melhor resistência onde o material pode ter a superfície arranhada, tem um acabamento que não tende a mudar de cor e não é magnético.

Indicações de uso:
Uso externo com situação de intempérie (chuva e orvalho).
Locais com produtos químicos agressivoc.
Utilizado em indústrias alimentícias, estações de tratamento de águas e esgoto, usinas sucroalcooleiras e papeleiras.A resistência à corrosão dos revestimentos de zinco é determinada principalmente pela espessura do revestimento, mas varia com a severidade das condições ambientais. Cada ambiente afeta a galvanização por imersão a quente de maneira diferente, com base em um conjunto exclusivo de variáveis ​​de corrosão. A previsibilidade da vida útil de um revestimento é importante para o planejamento e orçamento da manutenção necessária. Estudos realizados no estados unidos indicam que em áreas industrias a ocorrência de 5%* de oxidação em uma material galvanizado a fogo com 50.8 μm de zinco se dará após 50 anos, por referência um material com 25.4 μm de zinco em área urbana téria seus primeiros 5% de oxidação aparecendo após 25 anos.

* A indicação de aparecimento de 5% de oxidação é indicada como “A hora para a primeira manutenção” The Time to First Maintenance (TFM) Chart, foi desenvolvido através de informações da ISO 9223 e ISO 14713. A espessura da cobertura de zinco pelo processo de imersão a quente ou galvanização a fogo é linearmente relacionada ao tempo da primeira manutenção.

Principais métodos de instalações.

Usualmente os leitos são instalados em locais altos porém devem ter fácil acesso ao se utilizar andaimes ou plataformas elevatórias, podem ser fixados com pendentes vindo do alto de vigas ou lajes, ser fixados em paredes com suportes ou até mesmo instalados no piso, veja abaixo os principais métodos de fixação e os materiais usados.

leito suspenso

Fixação em laje de alvenaria utilizando chumbadores e vergalhão roscado, calha suportada em perfilado 19×38.

leitos de cabos

leitos de cabos com vergalhao roscado

Fixação em estrutura metálica de suporte do telhado utilizando grampo C, balancim e vergalhão roscado. Leito apoiado em perfilados.

leito instalado no piso

calha de cabos no chão

Fixação no piso utilizando suporte para evitar contato direto da bandeja de cabos com o solo.

Especificações de uso de leitos em projetos.

Podemos dar diretrizes para o uso de leitos no projeto como:

  • Tensão nominal de distribuição – Exemplo: Cabos unipolares de 380V.
  • Material dos leitos – Exemplo: Chapas de aço carbono galvanizadas a fogo externamente.
  • Instalação –  Exemplo: Aparente, suportada na estrutura do telhado.
  • Formação dos circuitos – Exemplo: Cabos unipolares
  • Tipo de agrupamento dos circuitos – Exemplo: Trifólio.
  • Ocupação dos Leitos – Exemplo: 40% da capacidade máxima.
  • Amarração dos cabos – Exemplo: Cabos devem ser amarrados a cada 2 metros com abraçadeiras de nylon.
  • Ligação final entre Leito e quadros elétrico – Exemplo: Box conector para ligação em painéis.
  • Observações: Não será permitido a fabricação de peças dentro da obra. Exemplo: Montagem de curvas a partir de barras de leitos, cortes para redução de peças, etc.*

* É importante criar critérios para alteração das peças de leitos principalmente se as mesmas foram galvanizadas a fogo, pois ao cortar e soldar as peças as mesmas perdem a camada de zinco depositada a quente deixando pontos vulneráveis a oxidação prematura.

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